sexta-feira, 22 de abril de 2011

4º Relatório Ciranda da Ginga no ACC Acessibilidade em Trânsito Poético

                              Universidade Federal   da Bahia                                         
                                       ACC Dana59 – Acessibilidade em Trânsito Poético
                                                                    4º Relatório
                                                                 Ciranda da Ginga
                                                                                                                      Por Catia Assunção e Rubens Oliveira
                                         
  A Ciranda da ginga desenvolvida no dia 15 de Abril de 2011 no ACC DANA 59 teve como objetivo desenvolver possibilidades performáticas e sinestésicas do dançarino (a) a partir dos movimentos da ginga. O inicio das atividades, deu-se pelo acolhimento favorecendo, a interação entre os participantes do ACC. Após o acolhimento houve apresentação teórica da facilitadora Catia Assunção sobre a metodologia da “Ciranda da ginga”. Foi explicado que o monitor Rubens Oliveira desenvolveria a 2ª parte da Ciranda e faria e a descrição da Capoeira Regional.
 Assunção falou de suas experiências junto aos contramestres da Capoeira Angola e sobre a experiência com a Dança Capoeira na Escola de Dança da Bahia com a Doutoranda Sandra Santana, fez breve descrição da Capoeira Angola. Na apresentação foi citado breve histórico da Capoeira Angola da discriminação á Patrimônio imaterial. (vide no final do Relatório).
 Após breve histórico da Capoeira Angola, deu-se início ao aquecimento com todos participantes sentados no chão. Assunção desenvolveu, o trabalho de transferência de peso pela concepção da Ginga. Segundo estudos "a ginga consiste no movimento ritmado de todo o corpo, acompanhando o toque do berimbau, com a finalidade principal de manter o corpo relaxado e o centro de gravidade do corpo em permanente deslocamento, pronto para esquiva, ataque, contra-ataque ou fuga. Durante o gingado, o praticante deve manter-se em movimento permanente, simulando tentativas de ataque e contra-ataque, sempre atento às intenções do parceiro, em contínua postura mental de esquiva e proteção dos alvos potenciais de ataques." A ginga na capoeira angola é individual, exprime a personalidade do jogador. Assim como  trabalha glúteos e quadríceps.
A transferência de peso deu-se pela lateralidade corporal, este conteúdo possibilita a compreensão do corpo pela motricidade, e ás questões de localização: dentro e fora, encima e embaixo, frente e trás, direita e esquerda. Todos os participantes executaram as variações de transferência de peso pela ginga, iniciando dessa forma a composição performática dos participantes do ACC. Foi explicado às bases técnicas da ginga da Capoeira Angola, a exemplo da transferência de peso tendo os pés pressionados no chão com um semi dobramento dos joelhos sem ultrapassar a ponta dos pés. Após o trabalho de transferência de peso, a partir da ginga da Capoeira Angola, a monitora demonstrou outros os movimentos básicos da Capoeira Angola, como a negativa e a cocorinha. A Negativa, como o próprio nome diz negar o golpe. A Negativa é um movimento defensivo dentro da Capoeira, um movimento de esquiva. Trabalha tríceps, musculatura lombar, deltóide, bíceps, glúteos e quadríceps e outros músculos.                                                     
 No seguimento dos exercícios no chão, a monitora Catia deu início à preparação da negativa. A preparação deu-se da seguinte forma: transferência de peso do lado direito para o lado esquerdo sendo que ao fazer a transferência de peso para os lados teria que utilizar as mãos pressionando-as ao chão, após essa fase de transferência de peso foi pedido que utilizassem os braços quando caíssem, pois os braços ajudariam o equilíbrio do corpo no chão e ajudaria a compor Performance.A negativa foi desenvolvida em  todos os níveis(alto,médio e alto).A negativa foi intermediada pelo balanço ginga.Percebeu-se que alguns dos participantes do ACC tinham o entendimento da Ginga,a exemplo de Tereza que conseguiu ter desenvoltura em sua performance.Percebeu-se que Núbia trabalhou bem a coordenação motora e quilíbrio. Dilsileide demonstrou habilidade e agilidade performática, trabalhou bem o espaço cênico. Darlene compôs sua performance com movimentos leves e sutis e com muitos giros.Manuela buscou em suas possibilidades performáticas o equilíbrio e lateralidade   
                              A participante Ana Carla Souza trabalhou sua transferência de peso (ginga) dialogando diretamente com participante Dilton Jesus, a mesma compôs sua performance dando ênfase aos braços,pernas e tronco,buscando em sua ginga,os entremeios entre  leveza e peso e fluência controlada e  rápida. Dilton desenvolveu sua performance junto a Carla, notou-se que mesmo dançando juntos houve o respeito a individualidade(gingueira) de cada um.Ambos desenvolveram suas possibilidades performáticas em nível baixo.
Próximo movimento a ser trabalhado na Ciranda da Ginga ,foi Cocorinha método evasivo, nomeadamente consiste na forma de evitar  pontapés circulares efetuados em curta distância. Para desenvolver, este movimento é necessário que uma das mãos toque o solo para que haja equilíbrio, e, tal como em todos os movimentos e "jogo" da Capoeira, é necessário manter sempre, o contacto visual com o adversário. Essa movimentação trabalha tríceps, musculatura lombar, deltóide, bíceps, glúteos e quadríceps e outros músculos. O movimento da cocorinha trabalhou também os níveis espaciais. Após a introdução dos movimentos da Ginga,Negativa e Cocorinha, percebeu-se que todos  os participantes estavam construindo suas possibilidades performáticas e sinestésicas.A etapa seguinte foi o encontro das duplas para iniciarem os diálogos performáticos, houve a troca das duplas e trios, todos participantes dialogaram entre si.
Notou-se que jaguar interagiu bem com todos os participantes criando diálogos bem interessantes, o mesmo participou de todas as atividades sempre utilizando rompantes performáticos e utilizou bastante  o espaço cênico. Carla Souza dialogou bem com seus parceiros, a mesma construiu possibilidades criativas, desenvolvendo seu diálogo com duas pessoas ao mesmo tempo, pois a mesma tinha que dialogar com a pessoa que estava na sua frente e com a pessoa que estava lhe dando suporte performático (Dilton). Carla trabalhou com a percepção cênica da lateralidade para desenvolver suas potencialidades performáticas. Diálogo entre Manuele,Carla e Dilton de Jesus.
             Após o trabalho em duplas teve início a Mostra Cênica da Roda Performática todos ficaram na grande Roda e cada participante demonstrou as possibilidades performáticas adquiridas na Ciranda da Ginga (trabalho solístico).Após o trabalho solístico, deu-se início aos diálogos dos corpos na Grande Roda Performática, cada participante dialogou performaticamente com outro participante dentro da grande Roda. É importante que se diga que a música utilizada para a Ciranda da Ginga não foi específica de Capoeira, utilizou-se músicas distanciadas da Capoeira como forma estratégia de composição, pois o foco era desenvolver possibilidades performáticas e sinestésicas para criação em Dança, a partir da ginga e não fazer jogos de Capoeira. Foi observado no desenvolvimento da 1ª parte da Ciranda da Ginga, que cada participante exprimiu sua personalidade performática no contexto da Grande Roda. Os diálogos construiram retalhos poéticos  no balanço da ginga. Como explicam Greiner e Katz 3(2005,p.8) “O corpo é resultado de contínuas negociações de informações com o ambiente e carrega este modo de existir para outras instâncias de seu funcionamento”

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                         3 Helena Katz é Professora e crítica de dança e Christine Greiner  é doutora pelo Programa de Semiótica da PUC
A Ciranda ministrada por Rubens começou pela explanação das experiências do mesmo na Capoeira Regional. O monitor citou que seu início na Capoeira deu-se pelo convite do seu professor de Capoeira, que percebeu aptidão de Rubens para estudar Capoeira.A partir do convite  feito pelo professor de Capoeira,Rubens começou a estudar Capoeira e continua até hoje,trazendo suas experiencias capoeirísticas para o ACC Acessibilidade em Trânsito Poético Dana 59 .Após a explanação de Rubens sobre suas experiências, deu-se início a demostração dos movimentos base da Capoeira Regional.
O Monitor trouxe, a ginga da Capoeira Regional onde, a transferencia de peso  é mais área,os pés saem do chão em quanto, a Capoeira Angola a transferencia de peso, é feita com a base dos pés no chão,todos seguiram as orientações de Rubens.Após a descrição e prática da Ginga Regional,Rubens  demostrou o movimento da negativa Regional,esse movimemto, tem seus pontos de apoio mais distanciados do chão em quanto na Capoeira Angola os pontos de apoio são rentes ao chão. Outro movimento demostrado por Rubens foi Corta Capim,esse movimento é feito com umas das pernas na frente do corpo em nível médio, a perna de base está dobrada, uma das mãos está tocando  o chão em quanto a outra mão está livre.A perna que está na frente do corpo faz giros que constituem  golpes.
No decorrer  da Ciranda foi desenvolvido, o movimento meia lua de  frente,onde uma  pernas sai do chão com giros em 90 graus,em quanto a perna de base está fixa no chão.Os movimentos trabalhados por Rubens, forão rápidos e agéis.Pode-se obervar que os participantes prestaram atenção nas indicações de Rubens sobre os movimentos da Capoeira Regional,perceberam as semelhanças e diferenças entre a técnica da Capoeira Angola e da Capoeira Regional.
No decorrer das explicações do Monitor Rubens,  houve simultaneamente,as experiementações de cada participante,era visível o desenvolvimento performático de cada Cirandeiro e cirandeira.Percebeu-se que, os  participantes utilizaram as posssibilidades performáticas das duas Tecnicas capoeirísticas,utilizando os movimentos agéis e aéreos da Capoeira Regional e os movimentos contidos e e rasteiros da Capoeira Angola.Rubens  convocou novamente a Ciranda Performática,o monitor dialogou com todos os cirandeiros, que como ele, demonstraram  agilidade  e criatividade performática.Com o término da Ciranda da Ginga houve o diálogo entre oa participantes sobre suas refexões e vivências a partir da Ciranda  da Ginga.Todos citaram as semelhanças e diferenças sobre a  ginga, assim como a outros movimentos da Capoeira.As participantes Tereza e Nubia focaram as diferenças de dinâmicas entre a rapidez da Capoeira Regional e o controle da Capoeira Angola,Carla citou que as semelhanças entre Capoeira Angola e Regional,ajudaram na concepção de possibilidades performáticas,através da Ginga.
As participantes Darlene e Dilsileide remeteram-se as diferencias de níveis.Dilton falou sobre sua parceria performática com Carla e de como juntos desenvolvearm sua dança gingada.Jaquar comunicou a partir de gestos e falas particulares como foi  gratificante a Ciranda da Ginga.Os participantes Ana Paula,Joilsom e filho chegaram atrasados e não participaram da Ciranda,ficaram com ouvintes no final da Ciranda.
Sobre as contribuições dos ministrantes Catia Assunção e Rubens Oliveira. Concluiu-se que, os Cirandeiros Rubens e Cátia souberam ministrar e  orientar  as diferenças e semelhanças entre a  Capoeira Angola e Regional para que os participantes pudessem desenvolver suas possibilidades performáticas e sinestésicas para a criação em Dança.Nota-se que a Ciranda da Ginga, desenvolvida no ACC Acessibilidade em Trânsito Poético, possibilitou a produção de conhecimentos em Dança, favorecendo a prática pedagógica da Educação Popular entre todos os participantes do ACC.A partir do nosso Patrimônio  Imaterial  a “Capoeira” seja Angola ou Regional. “Como cita o Educador Popular Paulo Freire “Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”.
 Breve histórico da Capoeira Angola.
O Brasil a partir do século XVI foi palco de uma das maiores violências contra um povo. Mais de dois milhões de negros foram trazidos da África, pelos colonizadores portugueses, para se tornarem escravos nas lavouras da cana-de-açúcar. Tribos inteiras foram subjugadas e obrigadas a cruzar o oceano como animais em grandes galeotas chamadas de navios negreiros. Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro foram os portos finais da maior parte desse tráfico.
Ao contrário do que muitos pensam, os negros não aceitaram pacificamente o cativeiro; a história brasileira está cheia de episódios onde os escravos se rebelaram contra a humilhante situação em que se encontravam.
Uma das formas dessa resistência foi o quilombo; comunidades organizadas pelos negros fugitivos, em locais de difícil acesso. Geralmente em pontos altos das matas. O maior desses quilombos estabeleceu-se em Pernambuco no século XVII, numa região conhecida como Palmares.
Uma espécie de Estado africano foi formado. Distribuído em pequenas povoações chamadas mocambos e com uma hierarquia onde no ápice encontrava-se o rei Ganga-Zumbi, Palmares pode ter sido o berço das primeiras manifestações da Capoeira.Desenvolvida para ser uma defesa, a Capoeira foi sendo ensinada aos negros ainda cativos, por aqueles que eram capturados e voltavam aos engenhos. Para não levantar suspeitas, os movimentos da luta foram sendo adaptados às cantorias e músicas africanas para que parecesse uma dança.
Assim, como no Candomblé, cercada de segredos, a Capoeira pode se desenvolver como forma de resistência.Do campo para a cidade a Capoeira ganhou a malícia dos escravos de 'ganho' e dos frequentadores da zona portuária. Na cidade de Salvador, capoeiristas organizados em bandos provocavam arruaças nas festas populares e reforçavam o caráter marginal da luta. Durante décadas a Capoeira foi proibida no Brasil.
A liberação da sua prática deu-se apenas na década de 30, quando uma variação da Capoeira (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao então presidente, Getúlio Vargas. De lá para cá a Capoeira Angola aperfeiçoou-se na Bahia mantendo fidelidade às tradições, graças principalmente ao seu grande guru, Mestre Pastinha, que jogou Capoeira até os 79 anos, formando gerações de angoleiros.


Breve hitórico da Capoeira Regional
Originalmente chamada de luta regional baiana, o estilo tem ênfase na marcialidade e seus pilares são a capoeira primitiva (mais tarde chamada de capoeira de Angola, por uma questão de identidade e para contrapor a recente notoriedade do novo estilo criado por Bimba) e o batuque (samba-luta), somados, claro, à genialidade de Mestre Bimba. Trata-se de uma versão mais enxuta da capoeira tradicional, incorporando também alguns poucos movimentos de outras artes marciais.Bimba criou seqüências pré-definidas de ataque, defesa e contra-ataque, com movimentos mais objetivos e eficientes, tendo poucos floreios rasteiros. Para certificar-se da eficiência de seu novo estilo, Bimba costumava armar emboscadas surpresa para seus alunos formados, podendo avaliá-los em uma situação real.

 Creditos do ACC DANA 59
Créditos
Equipe
Profª Drª Fátima Daltro e Profª Drª Lenira Rangel (coordenação da ACC e da Atividade de Extensão);
Edu Oliveira (apoio e monitoria do ACC);
Barbara Santos (Tirocínio docente em Dança);
Ana Clara Santos (mestranda de Dança);
Ana Cecília Soares(mestranda de Dança);
Monitoria
Cátia Assunção (Dança/bolsista ACC/ monitoria);
Viviane Fontoura  (Dança/Bolsista  PIBID/ voluntária do ACC);
Darlene S. Menezes (Dança/ voluntária do ACC);
Manuele Conceição dos S. Reis (Dança/ voluntária do ACC);
Dilsileide S.Aleluia (Dança/ voluntária do ACC);
 Larissa de C. G. Cunha (Dança/ voluntária do ACC);
Educanda Participante do ACC
Ana Carla Souza;
Ana Paula de Jesus;
 Mailza Borges;
Tereza Silva;
 Rubem Oliveira;
 Joilson Costa;
Ana Paula Costa;
Jaguracy Santos;
  Beline Miniz;
  Nubia Silva.
  Referencias
Katz, H. Um, dois, três. A dança é o pensamento do corpo. Belo Horizonte: Ed: Fid. 2000.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia - saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.




                                     



 

domingo, 17 de abril de 2011

Visita Técnica do ACC Dana 59 Centro de Educação Especial da Bahia

                                                      Universidade Federal ada Bahia
                    ACC – Acessibilidade em Trânsito Poético
             Visita Técnica do ACC Dana 59
                                                           Centro de Educação Especial da Bahia
Por Cátia Assunção 1
 ACC Acessibilidade em Trânsito Poético na data de 8  de Abril de 2011.1 fez a Visita Técnica junto ao Centro de Educação Especial  da Bahia(CEEBA) o  para Divulgação das Cirandas Artísticas Educativas do ACC DANA 59. A Visita Técnica contou com a presença da Monitora Catia Assunção e da Diretora do Centro Especial de Educação Alzira Castro.
A visita técnica teve início no horário de 10h30min da manhã no próprio Centro de Educação Especial da Bahia, a monitora Catia Assunção explanou sobre o projeto do ACC Acessibilidade em Trânsito Poético tendo como foco a Cirandas Artisticas Educativas no Centro de Educação Especial  da Bahia . A mesma citou que o Projeto Acessibilidade em Trânsito Poético, tendo como Coordenadoras Fátima Daltro (Espanha) e Lenira Renguel (Brasil) que desde 2004 através de projetos de extensão e pesquisas em dança vem oferecendo junto a uma equipe de professores e alunos vinculados a Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia, atividades de criação e pesquisa em dança para comunidade.
Focalizam comunidades carentes da região de Salvador, especificamente pessoas com deficiência, com o objetivo de criar oportunidades para aproximá-los da dança e assim encontrar meios para dialogar com essa forma de expressão, desenvolvendo habilidades, autonomia e prováveis multiplicadores.

1 Cátia Assunção é Licenciada em Dança pela UFBA e atualmente faz Bacharelado de Dança. Monitora do ACC Acessibilidade em Trânsito Poético e Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Poética da Diferença.
Suas atividades aproximam os elementos básicos da dança (espaço,tempo, movimento, vivencias rítmicas, jogos coreográficos, repertório de memória individual e coletiva), recursos para que possam desenvolver o olhar estético e critico sobre o fazer/ pensar dança na contemporaneidade. Propõe oficinas permanentes de dança, o que chamamos de Ciranda Artísticas Educativas, proporcionando experiência artística em dança, bem como a sua circulação no mais diversos ambientes da cidade (Instituições de ensino, Museus, Teatros, Comunidades) e mantém as ações junto aos cuidadores (pais, mães e responsáveis).
Assunção explanou sobre o Grupo de Pesquisa Poética da Diferença que está vinculado a Escola de Dança, PPGDANCA. Além do eixo de interesse voltado para práxis educativas em dança em comunidades através do Acessibilidade em Trânsito Poético, apresenta uma segunda linha de pesquisa com estudos de processos de criação e configuração em dança junto ao Grupo X de Improvisação em Dança. No decorrer da Visita Técnica a Diretora Alzira Casto  descreveu a funcionalidade do Centro de Educação Especial da Bahia.
 No CEEBA, é realizado, desde a sua fundação, em 1992, um trabalho educacional especial com aproximadamente 530 jovens com deficiência intelectual e transtorno global do desenvolvimento. Pioneira em dar suporte a esse público, a instituição tornou-se, em 2008, exclusivamente educacional, com a perspectiva inclusiva (escolar, social e profissional). “Ao longo desses anos, desempenhamos um papel muito significativo no desenvolvimento das habilidades dos alunos com necessidades educacionais especiais. Temos tido retorno dos pais e das empresas onde nossos alunos estão atuando. Isso nos dá uma sensação de dever cumprido”, ressalta a diretora Alzira de Castro.
            Além do acompanhamento especializado de três psicopedagogos, o CEEBA presta um assessoramento aos alunos no ingresso ao mundo profissional e na promoção de formação dos professores da rede regular de ensino.Serviços de orientação, encaminhamentos, atendimento psicopedagógico, psicológico,oficinas de produção e estimulação precoce a Pessoas com deficiência.

Na seguimento da Visita Técnica, a Diretora Alzira Castro citou que o CEEBA dispõe de uma professora de Dança e que ficava preocupada em colocar mais atividades, pois os educandos ficariam muito atarefados. Assunção explanou sobre a diversidade de Dança e que as Cirandas Artísticas diferenciavam das aulas da Profª de dança e que seria muito produtiva a experiência para educandos e pais do CEEBA .
Diretora mencionou que o CEEBA tem parceria com o ACC BIOA 94 e poderia firmar uma parceria com o ACC DANA 59. O processo burocrático de parceria  está em andamento.No final da Visita Técnica ao Centro de Educação Especial da Bahia, foi entregue a diretora  o Projeto das Cirandas Artísticas do ACC ,a mesma citou que vai analisar o Projeto e em reunião Pedagógica vai definir se poderá ser feita a parceria e assim a Ciranda Artística do ACC DANA 59  no CEEBA.
A partir da Visita Técnica do ACC Acessibilidade em Trânsito Poético no Centro de Educação especial da Bahia, observou-se que a Intuição viabiliza a Dança como prática pedagógica para os educandos, o mesmo não acontece com os pais, a própria Diretora citou que os responsáveis ficam ociosos em quanto aguardam seus filhos terminarem as atividades propostas no CEEBA. A partir dessa fala Assunção explicou que no ACC DANA 59, oferece aos reponsáveis aulas de dança sendo que não ficam juntos,os educandos ficam em uma sala e os resposáveis em outra sala,objetivando a autonomia de ambos. Segundo Freire2A autonomia deve estar centrada em experiências estimuladoras da decisão, da responsabilidade, ou seja, em experiências respeitosas da liberdade. Para isso, ao ensinar, o professor deve ter liberdade e autoridade (FREIRE, 2003, p.104), em que a liberdade deve ser vivida em plenitude com a autoridade. No término da Visita Técnica entre Assunção Monitora do ACC e da diretora Alzira Castro, a mesma pediu que aguardasse resposta sobre a parceria ACC DANA 59 e o CEEEBA.
O ACC Acessibilidade em Trânsito Poético dialoga nesse momento com a Acessibilidade das Instituições de Salvador, no Processo de experiência artística educativa em dança para Pessoas com Deficiência, tendo objetivo divulgar o ACC nas Instituições. Com as Cirandas Artísticas Educativas, o ACC Dana 59 acessibiliza a poesia através da metodologia científica para Dança Educação. Cita Daltro3 “A dança precisa consolidar o discurso de sua valorização enquanto corpo capaz de poetizar, entendendo-o dentro da perspectiva co-evolutiva entre o corpo biológico e o cultural.” (2007).                                                                                      

2 Professor  Paulo Reglus Neves Freire destacou-se por seu trabalho na área da educação popular.
3  Profª Drª Fátima Daltro de Castro Correia é Docente da Escola de Dança da UFBA.

Nesse  trânsito Poético, todos produtozem  conhecimentos e a Dança concretiza o direito a cidadania que é a condição da pessoa natural que, como membro de um Estado, se acha no gozo dos direitos que lhe permitem participar da vida pública e política de seu país.O ACC  auxilia  a todos os participantes  o caminho da Educação como ato político.

    
 Localização
Rua. Raimundo Pereira de Magalhães, Ondina
Tel: (71)3245-7396
Atendimento gratuito: Das 07h30min às 11h30minh / 13h00min às 17h00minh
  

Associação Bahiana de Cegos
Rua Mesquita Barris, 40 - Barris
Salvador - BA, 40070-410
(0xx)71 3114-3500
Ônibus: Estação de Ônibus da Lapa
Link


 .
Créditos:
Equipe
Profª Drª Fátima Daltro e Profª Drª Lenira Rangel (coordenação da ACC e da Atividade de Extensão);
Edu Oliveira (apoio e monitoria do ACC);
Barbara Santos ( Docente em Dança)
Ana Clara Santos (mestranda de Dança)
Ana Cecília (mestranda de Dança)
Monitoria
Cátia Assunção (Dança/bolsista ACC/ monitoria);
Viviane Fontoura  (Dança/Bolsista  PIBID/ voluntária do ACC);
Darlene S. Menezes (Dança/ voluntária do ACC);
Manuele Conceição dos S. Reis (Dança/ voluntária do ACC);
Dilsileide S.Aleluia (Dança/ voluntária do ACC);
Fabiane V. V.Martins (Dança/ voluntária do ACC);
 Larissa de C. G. Cunha (Dança/ voluntária do ACC)
Educandos  ACC
 Ana Carla Souza, Ana Paula de Jesus, Mailza Borges,Tereza Silva, Rubem Oliveira, Joilson Costa, Jaguracy Santos e Beline Miniz e Nubia Silva.


Referências
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia - saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
DALTRO, Fátima, Corpo Sitiado...A comunicação Invisivel.Dança,Rodas e Poéticas.São Paulo,2007.

Deficiência Visual


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Visita Técnica do ACC Dana 59 Instituto Baiano de Reabilitação

 Universidade Federal da Bahia 
 Pro Reitoria de Extensão 
  Visita Técnica do ACC Dana 59

 Instituto Baiano de Reabilitação



Por Cátia Assunção1

            ACC Acessibilidade em Trânsito Poético na data de 8  de Abril de 2011.1 fez a Visita Técnica junto ao Instituto Baiano de Reabilitação(IBR)  para Divulgação das Cirandas Artísticas Educativas do ACC DANA 59. A Visita Técnica contou com a presença da Monitora Catia Assunção e da Supervisora Técnica Ohana Negrão. A visita técnica teve início no horário de 140h30min da tarde, na própria Instituição, a monitora Catia Assunção explanou sobre o projeto do ACC Acessibilidade em Trânsito Poético tendo como foco a Cirandas Artisticas  no Instituto Baiano de Reabilitação

 A mesma citou que o Projeto Acessibilidade em Trânsito Poético, tendo como Coordenadoras Fátima Daltro (Espanha) e Lenira Renguel (Brasil), que desde 2004 através de projetos de extensão e pesquisas em dança vem oferecendo junto a uma equipe de professores e alunos vinculados a Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia, atividades de criação e pesquisa em dança para comunidade. Focalizam comunidades carentes da região de Salvador, especificamente pessoas com deficiência, com o objetivo de criar oportunidades para aproximá-los da dança e assim encontrar meios para dialogar com essa forma de expressão, desenvolvendo habilidades, autonomia e prováveis multiplicadores.

Suas atividades aproximam os elementos básicos da dança (espaço,tempo, movimento, vivencias rítmicas, jogos coreográficos, repertório de memória individual e coletiva), recursos para que possam desenvolver o olhar estético e critico sobre o fazer/ pensar dança na contemporaneidade.

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1 Cátia Assunção é Licenciada em Dança pela UFBA e atualmente faz Bacharelado de Dança. Monitora do ACC Acessibilidade em Trânsito Poético e Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Poética da Diferença.

 

Propõem oficinas permanentes de dança, o que chamamos de Ciranda Artísticas Educativas, proporcionando experiência artística em dança, bem como a sua circulação no mais diversos ambientes da cidade (Instituições de ensino, Museus, Teatros, Comunidades) e mantém as ações junto aos cuidadores (pais, mães e responsáveis).

Assunção explanou sobre o Grupo de Pesquisa Poética da Diferença que está vinculado a Escola de Dança, PPGDANCA. Além do eixo de interesse voltado para práxis educativas em dança em comunidades através do Acessibilidade em Trânsito Poético, apresenta uma segunda linha de pesquisa com estudos de processos de criação e configuração em dança junto ao Grupo X de Improvisação em Dança.

No decorrer da Visita Técnica, a Supervisora Técnica Ohana Negrão explanou sobre os benefícios IBR (Instituto Bahiano de Reabilitação) na recuperação de pessoas com deficiência motora, disponibilizando à comunidade baiana consultas médicas, terapias de reabilitação, exames de análises clínicas e oficina ortopédica. Além disso, o IBR também desenvolve trabalhos sociais complementares, como cursos de arte e pintura, grupos de apoio, programa de amparo a pacientes com patologias crônicas de risco obstétrico, entre outros.
Como o IBIT, é através da Fundação José Silveira que o IBR obtém os recursos necessários para a sua manutenção, desenvolvimento tecnológico e assistência social.

 O atendimento é feito às pessoas com deficiência de todas as faixas etárias, residentes na região urbana, metropolitana e interior do estado. Disponibiliza 98% da sua capacidade instalada ao gestor de SUS – Sistema Único de Saúde.
Em 2005, o IBR criou o Centro de Estudos e Pesquisa do IBR (Cepi) com o intuito de organizar as sessões científicas, artigos científicos, cursos, seminários, workshops, dentre outros. A idéia é pomover a qualificação profissional e aprimoramento técnico, estimulando a produção científica e pesquisas. A Instituição trabalha com pacientes (título dado aos freqüentadores) entre Crianças, adolescentes e adultos com deficiência física ou mental (não atendem Síndrome de Down) Atende o SUS e qualquer tipo de convênio (alguns convênios não cobrem todos os serviços).

No seguimento da Visita Técnica, foi entregue a supervisora técnica Ohana Negrão o projeto das Cirandas Artísticas, a mesma citou que teria que conversar com o Coordenador Pedagógico Rogério Gomes sobre a possibilidade da Ciranda Artística junto ao publico do IBR e que a Instituição está passando por reformas e só após a reformar poderia ocorrer as Cirandas.

A partir da Visita Técnica do ACC Acessibilidade em Trânsito Poético ao IBR, observou-se que a Instituição possui profissionais da área de Educação, Saúde e Serviço Social, havendo a possibilidade de haver as Cirandas Artísticas como proposta de incentivo a construção de autonomia e qualidade de vida para os pacientes do IBR.

Segundo Freire2 “A autonomia deve estar centrada em experiências estimuladoras da decisão, da responsabilidade, ou seja, em experiências respeitosas da liberdade. Para isso, ao ensinar, o professor deve ter liberdade e autoridade (FREIRE, 2003, p.104), em que a liberdade deve ser vivida em plenitude com a autoridade.

  O ACC Acessibilidade em Trânsito Poético em 2011.1 está dialogando com as Instituições de Salvador. O diálogo perpassa pelo processo de experiência artística educativa em dança para Pessoas com Deficiência. As Cirandas Artísticas Educativas do ACC Dana 59, acessibiliza a poesia através da metodologia científica para Dança Educação. Cita Daltro3 “A dança precisa consolidar o discurso de sua valorização enquanto corpo capaz de poetizar, entendendo-o dentro da perspectiva co-evolutiva entre o corpo biológico e o cultural.” (2007).

 Nesse trânsito Poético, todos produtozem conhecimentos e a Dança concretiza o direito a cidadania e saúde que é a condição da pessoa natural que, como membro de um Estado, se acha no gozo dos direitos que lhe permitem participar da vida pública e política de seu país. O ACC auxilia a todos os participantes o caminho da Educação como ato político.  






2 Professor  Paulo Reglus Neves Freire destacou-se por seu trabalho na área da educação popular.

                 3  Profª Drª Fátima Daltro de Castro Correia é Docente da Escola de Dança da UFBA.



IBR – INSTITUTO BAIANO DE REABILITAÇÃO

Endereço:      Av. Presidente Vargas, 2947, Ondina

Telefone:        336 3155/

Fax: 336 3068

Horário de Funcionamento:

Segunda à Sexta/ 07:00 às 12:00 e 13:00 às 18:00

Modalidade de Atendimento:

Reabilitação de deficientes físicos

Tipos de Serviços:

Neurologia  


Serviço Social


Fisioterapia    


Psicopedagodia


Ortopedia  


Oficina Ortopédica


Fisiatria  


Terapia Ocupacional


Reumatologia  


Hidroterapia


Pediatria  


Estimulação Precoce  


Enfermagem  


Psicomotricidade


Clínica Médica  


Psicologia:


Odontologia  


  Avaliação Pedagógica


Audiometria  


  Psicoterapia


Fonoaudiologia                                                         


  Trabalho de Conscientização com


Escola Especial as mães.  


  Dinâmica de Grupo com as mães



  Período de Inscrição:

Permanente (deve passar pela triagem)


Créditos do ACC DANA 59

Equipe

Profª Drª Fátima Daltro e Profª Drª Lenira Rangel (coordenação da ACC e da Atividade de Extensão);

Edu Oliveira (apoio e monitoria do ACC);

Barbara Santos ( Docente em Dança)

Ana Clara Santos (mestranda de Dança)

Ana Cecília  Soares(mestranda de Dança)

Monitoria

Cátia Assunção (Dança/bolsista ACC/ monitoria);

Viviane Fontoura  (Dança/Bolsista  PIBID/ voluntária do ACC);

Darlene S. Menezes (Dança/ voluntária do ACC);

Manuele Conceição dos S. Reis (Dança/ voluntária do ACC);

Dilsileide S.Aleluia (Dança/ voluntária do ACC);

Fabiane V. V.Martins (Dança/ voluntária do ACC);

 Larissa de C. G. Cunha (Dança/ voluntária do ACC)

Educandos  ACC

 Ana Carla Souza, Ana Paula de Jesus, Mailza Borges,Tereza Silva, Rubem Oliveira, Joilson Costa, Jaguracy Santos e Beline Miniz e Nubia Silva.





Referências

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia - saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.

DALTRO, Fátima, Corpo Sitiado...A comunicação Invisivel.Dança,Rodas e Poéticas.São Paulo,2007.

sábado, 9 de abril de 2011

Visita Técnica do ACC Dana 59 Na Associação Baiana de Cegos da Bahia

ACC – Acessibilidade em Trânsito Poético
Visita Técnica do ACC Dana 59
Na Associação Baiana de Cegos da Bahia
Por Cátia Assunção 1
 ACC Acessibilidade em Trânsito Poético na data de 6 de Abril de 2011.1 fez Visita Técnica junto a Associação Baiana de Cegos da Bahia para Divulgação das Cirandas Artísticas Educativas do ACC DANA 59. A Visita Técnica contou com a presença da Monitora Catia Assunção e da Diretora da Associação Baiana de Cegos Silvia Silva.
A visita técnica teve início no horário de 09h30min da manhã na própria Associação Baiana de Cegos, a monitora Catia Assunção explanou sobre o projeto do ACC Acessibilidade em Trânsito Poético tendo como foco a Cirandas Artisticas Educativas na Associação Baiana de Cegos. A mesma citou que o Projeto Acessibilidade em Trânsito Poético, tendo como Coordenadoras Fátima Daltro (Espanha) e Lenira Renguel (Brasil) que desde  2004  através de projetos de extensão e pesquisas em dança vem oferecendo junto a uma equipe de professores e alunos vinculados a Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia, atividades de criação e pesquisa em dança para comunidade.Focalizam comunidades carentes da região de Salvador, especificamente pessoas com deficiência, com o objetivo de criar oportunidades para aproximá-los da dança e assim encontrar meios para dialogar com essa forma de expressão, desenvolvendo habilidades, autonomia e prováveis multiplicadores.


1 Cátia Assunção é Licenciada em Dança pela UFBA e atualmente faz Bacharelado de Dança. Monitora do ACC Acessibilidade em Trânsito Poético e Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Poética da Diferença.
Suas atividades aproximam os elementos básicos da dança (espaço,tempo, movimento, vivencias rítmicas, jogos coreográficos, repertório de memória individual e coletiva), recursos para que possam desenvolver o olhar estético e critico sobre o fazer/ pensar dança na contemporaneidade. Propõe oficinas permanentes de dança, o que chamamos de Ciranda Artísticas Educativas, proporcionando experiência artística em dança, bem como a sua circulação no mais diversos ambientes da cidade (Instituições de ensino, Museus, Teatros, Comunidades) e mantém as ações junto aos cuidadores (pais, mães e responsáveis).
Assunção explanou sobre o Grupo de Pesquisa Poética da Diferença que está vinculado a Escola de Dança, PPGDANCA. Além do eixo de interesse voltado para práxis educativas em dança em comunidades através do Acessibilidade em Trânsito Poético, apresenta uma segunda linha de pesquisa com estudos de processos de criação e configuração em dança junto ao Grupo X de Improvisação em Dança.
 A diretora Silvia Silva foi muito receptiva com a proposta da Ciranda Artísticas Educativas. No decorrer da Visita Técnica a Diretora Silvia descreveu a funcionalidade da Associação Baiana de Cegos. A mesma citou que a organização tem como objetivo promover a inclusão social, educacional, desportiva, cultural e profissional das pessoas com deficiência visual, tendo neste último aspecto a sua maior ênfase.
 Para tanto, desenvolve atividades de fiscalização, apoio e incentivo dos serviços que beneficiem as pessoas com deficiência visual no Estado da Bahia; de combate a discriminação e a segregação das pessoas com deficiência visual no mercado de trabalho; de incentivo das práticas culturais, debates, seminários e eventos esportivos; de estímulo a criação de imprensa Braille, biblioteca especializada com todos os recursos, e clube de leitura; de promoção da participação das famílias das pessoas com deficiência visual, bem como da comunidade em geral, nas atividades em prol dos mesmos, entre outras atividades que atinjam ao objetivo proposto, considerando-se o respeito às pessoas, a justiça Social, o exercício da democracia e a cidadania.
 A Diretora também fez breve enunciado histórico da Associação Baiana de Cegos, citou que é um grupo de pessoas com deficiência visual, sentindo a necessidade de promover a sua inclusão na sociedade, fundou em 14 de setembro de 1985 a Associação Baiana de Cegos – ABC. Após três anos de luta, com o apoio da Congregação Franciscana Imaculatina, em 1988 a Associação Baiana de Cegos foi contemplada com a sua sede própria, localizada no bairro dos Barris, podendo então formar uma estrutura mais sólida e organizada. Relatou as diversas atividades no âmbito cultural, sendo eles o Teatro e o Coral. No âmbito do Esporte e Lazer as atividades se referem a Xadrez e Futsal. Além disso, são realizados diversos cursos que auxiliam no desenvolvimento profissional dos deficientes visuais, como Massoterapia, Línguas, Informática e Relações Humanas.
No final da Visita Técnica, a Diretora analisou a importância das Cirandas do ACC Dana 59 e disponibilizou o acesso da Ciranda Artísticas Educativa na ABC. A conclusão da Visita Técnica deu-se sob análise que a Ciranda Educativa disponibiliza nas Instituições o processo de acessibilidade ao público de Pessoas com Deficiência.
A partir do acesso a Ciranda Educativa, as Pessoas com Deficiência que não podem participar do ACC na Escola de Dança da UFBA exercitam direitos a desenvolverem seu potencial criativo pela autonomia. Segundo Freire2A autonomia deve estar centrada em experiências estimuladoras da decisão, da responsabilidade, ou seja, em experiências respeitosas da liberdade. Para isso, ao ensinar, o professor deve ter liberdade e autoridade (FREIRE, 2003, p.104), em que a liberdade deve ser vivida em plenitude com a autoridade.
O ACC Acessibilidade em Trânsito Poético dialoga nesse momento com a Acessibilidade das Instituições de Salvador, no Processo de experiência artística educativa em dança para Pessoas com Deficiência, tendo objetivo divulgar o ACC nas Instituições. Com as Cirandas Artísticas Educativas, o ACC Dana 59 acessibiliza a poesia através da metodologia científica para Dança Educação. Cita Daltro3 “A dança precisa consolidar o discurso de sua valorização enquanto corpo capaz de poetizar, entendendo-o dentro da perspectiva co-evolutiva entre o corpo biológico e o cultural.” (2007).                                                                                       

2 Professor  Paulo Reglus Neves Freire destacou-se por seu trabalho na área da educação popular.
3  Profª Drª Fátima Daltro de Castro Correia é Docente da Escola de Dança da UFBA.

Nesse  trânsito Poético, todos produtozem  conhecimentos e a Dança concretiza o direito a cidadania que é a condição da pessoa natural que, como membro de um Estado, se acha no gozo dos direitos que lhe permitem participar da vida pública e política de seu país.O ACC  auxilia  a todos os participantes  o caminho da Educação como ato político.

      Localização Associação Baiana de Cegos da Bahia


Associação Bahiana de Cegos
Rua Mesquita Barris, 40 - Barris
Salvador - BA, 40070-410
(0xx)71 3114-3500
Ônibus: Estação de Ônibus da Lapa
Link


 .
Créditos:
Equipe
Profª Drª Fátima Daltro e Profª Drª Lenira Rangel (coordenação da ACC e da Atividade de Extensão);
Edu Oliveira (apoio e monitoria do ACC);
Barbara Santos ( Docente em Dança)
Ana Clara Santos (mestranda de Dança)
Ana Cecília (mestranda de Dança)
Monitoria
Cátia Assunção (Dança/bolsista ACC/ monitoria);
Viviane Fontoura  (Dança/Bolsista  PIBID/ voluntária do ACC);
Darlene S. Menezes (Dança/ voluntária do ACC);
Manuele Conceição dos S. Reis (Dança/ voluntária do ACC);
Dilsileide S.Aleluia (Dança/ voluntária do ACC);
Fabiane V. V.Martins (Dança/ voluntária do ACC);
 Larissa de C. G. Cunha (Dança/ voluntária do ACC)
Educandos  ACC
 Ana Carla Souza, Ana Paula de Jesus, Mailza Borges,Tereza Silva, Rubem Oliveira, Joilson Costa, Jaguracy Santos e Beline Miniz e Nubia Silva.


Referências
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia - saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
DALTRO, Fátima, Corpo Sitiado...A comunicação Invisivel.Dança,Rodas e Poéticas.São Paulo,2007.